Cruzando memórias
Quem um dia poderia imaginar que um garotinho de apenas 6 anos pudesse ver tantas mudanças ao seu redor? Que ele poderia um dia olhar para trás e dizer que sua infância não se passou em um inferno, mas sim em um lugar pacífico e bem estruturado?
Desde que pisei nesta escola pela primeira vez, vi muitas transformações. Uma delas, na 1ª série, foi a troca daqueles livros pesados por uma coisa totalmente nova chamada “apostila”. Além de deixar minha bolsa mais leve, não havia mais o risco de eu esquecer um livro em casa. Isso foi ótimo.
Os estudos iam e logo mais salas precisaram ser construídas e assim foi feito: duas salas para 7ª séries e uma para 8ª séries. Logo também tivemos que abrir mão da nossa preciosa biblioteca para criar outra sala de aula. Tudo para comportar a enorme massa de alunos que vinha chegando.
A banda da escola precisava ensaiar ao ar livre e tinha uma sala muito pequena para guardar seus instrumentos e roupas. O mesmo valia para as meninas da linha de frente. E então foi construída a Sala de Música, que facilitou a vida dos músicos juvenis que zelavam pelo nome da escola.
Os estudos prosseguiam agora mais ferozes do que nunca, e por conta disso, as aulas na maioria das vezes acabavam se tornando enjoativas e cansativas, salvo pelas vezes que íamos à sala de informática. Mas ao ouvir que haveria netbooks na sala de aula, eu e meus colegas ficamos boquiabertos, já que nem em filmes isso era realidade. E aconteceu.
Eu entrei na banda na 6ª um tanto sem esperanças, já que não tinha muita certeza se o negócio iria para frente. Mas acabei tomando paixão pela coisa e melhorei meu gosto musical, como se eu adicionasse novas ferramentas em uma caixa.
As aulas continuavam, professores iam e voltavam, e quando recebemos a notícia de que nossa excelente biblioteca iria voltar ficamos todos animados, mas a ideia de ter uma sala de Educação Física, e principalmente, um laboratório, era boa demais.
Hoje aqui estou, há quase sete anos desde que pisei pela primeira vez nesta escola. Testemunhei muitas mudanças boas aqui dentro, e muitas coisas mudaram, principalmente a paisagem. Mas o que não mudou foi o carinho e o respeito que alunos, professores e diretores têm por esta escola. E é isso que faz com que o Verdão seja umas das melhores escolas de Lençóis Paulista. Algumas coisas mudam, mas outras ficam para sempre.
(Autor: Caio Ferreira Repik, 13 anos, aluno da 7ªB da escola Lina Bosi).
Um comentário:
Parabéns, discurso muito otimo. Caio esse é o Orgulho da 7ªB...
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